Pombos

Quando olhamos para o céu de muitas cidades do mundo vemos comumente pombos empoleirados nos fios e construções. Tão acostumados que estamos com esses animais que parece que sempre estiveram ali, ou melhor, em todos os lugares. O pombo (Columba livia) é originário da Eurásia e África e tem sido domesticado há milênios e, por sua fácil adaptação e proliferação, chegou a ser considerado muitas vezes um problema de saúde pública e ambiental, pois é vetor de várias doenças infecciosas e compete por alimento com outras aves nativas.

Muitas espécies de animais e plantas não nativas (exóticas) podem causar uma série de prejuízos ambientais, econômicos e à saúde. A propósito, não se deve pensar em limites políticos ou fronteiras humanas quando se refere a espécies exóticas, mas sim em limites ecológicos, pois um bioma pode pertencer a vários países, como, por exemplo, a Amazônia, assim como um mesmo país ou região política, pode compreender vários biomas diferentes, a Mata Atlântica e o Cerrado no estado de São Paulo, por exemplo. A introdução de uma espécie exótica em determinada região pode levá-la a ser considerada invasora, ocupando o espaço de espécies nativas e alterando o ecossistema, devido a fatores como sua grande capacidade reprodutiva, ausência de predadores naturais, adaptabilidade climática ou dieta e recursos variados.

O processo de introdução e adaptação de espécies estranhas a um determinado ecossistema é chamado de contaminação biológica ou poluição biológica. Este processo pode ter pouco impacto, como no caso de algumas plantas naturalizadas, as quais são cultivadas, porém por não terem agentes dispersores ou necessitarem de atenções especiais não se propagam espontaneamente na região onde foram introduzidas. Mas, por outro lado, a grande maioria dessas espécies introduzidas da fauna (inclusive, micororganismos) e da flora causam impactos muito drásticos que se agravam com o passar do tempo.

As alterações que ocorrem podem ser vistas a curto prazo, como por exemplo doenças infecciosas que dizimaram as populações das Américas durante a colonização ou, nos tempos atuais, problemas sanitários como a doença da vaca-louca e a gripe aviária. Outras, porém, ocorrem mais lentamente podendo levar a extinção de espécies pela competição ou predação, levando a perdas irreparáveis da biodiversidade.

O conceito de contaminação biológica é abrangente, incluindo tanto os grandes impactos ambientais e os prejuízos na produção agropecuária, como também a contaminação microbiológica.

Prejuízos causados pela contaminação biológica

Estimativas apontam que o prejuízo causado por contaminação biológica gira em torno de US$ 1,4 trilhão no mundo e US$ 49 bilhões no Brasil. Nos Estados Unidos esse valor é quase três vezes maior. Este se estende pelas mais diversas áreas como a agricultura, pecuária, além dos prejuízos ambientais, como a perda da biodiversidade, ou ainda os danos à saúde humana e animal.

Um dos fatores mais importantes na agricultura são as chamadas plantas invasoras, também conhecidas como plantas daninhas, que exigem gastos consideráveis com herbicidas para o seu controle. O cultivo de determinada cultura inicia-se com o preparo do solo através do ajuste de pH, adubação, enfim, criando condições para a semeadura ou transplante de mudas de interesse. A partir desse momento, plantas indesejáveis começam a surgir e graças a seu rápido crescimento amplamente se propagam no campo preparado para o plantio. Mesmo sendo eliminadas nesse momento, quando as plantas cultivadas começam a crescer, lá estão as invasoras de novo, absorvendo nutrientes do solo, encobrindo as mudas e, novamente, faz-se necessário a sua eliminação. Dependendo da cultura, durante a colheita muitas plantas invasoras acabam fazendo parte do material coletado, necessitando a sua retirada durante o beneficiamento.

A origem destas plantas é bem variada, algumas foram trazidas como alternativas para pastagem, outras acidentalmente por meios de transporte ou até mesmo na cama dos escravos em navios negreiros. A importação de sementes também pode ser considerada uma fonte importante destas plantas, pois muitas vezes as sementes comercializadas contêm dispersa entre elas, muitas sementes de outras plantas, inclusive de invasoras.

A agricultura também sofre com doenças e pragas introduzidas, muitas vezes um simples vasinho de flor trazido de uma determinada região pode conter inúmeros “inimigos” microscópicos e, muitas vezes, a própria planta pode vir a tornar-se uma planta invasora, assim como muitos insetos e moluscos que são introduzidos, acidentalmente ou não, podem proliferar-se de modo assustador.

O combate a doenças virais, fúngicas e bacterianas elevam o custo ou podem levar a grandes prejuízos da produção agrícola, mas certos animais também prejudicam e muito as mais diversas culturas, o como o caracol gigante africano (Achatina fulica) introduzido no Brasil, ao final da década de 90, como uma alternativa ao escargot que não teve sucesso e foram abandonados pelos criadores, passando a proliferar e tornaram-se um grande problema, tanto para a agricultura como para a saúde pública. Conheça mais detalhes de algumas espécies invasoras.

A criação animal também não está livre da contaminação biológica. Um exemplo bastante recente é o da gripe aviária, causada por um vírus, que acarretou perdas consideráveis na avicultura e colocou o mundo em alerta, assim como a febre aftosa que atinge a criação de gado. Porém, além dos microorganismos e parasitas que possam vir a infectar os animais de criação, o cuidado também recai sobre a qualidade das rações, pois os alimentos podem vir a ser de baixa qualidade, muitas vezes influenciando, inclusive, na qualidade do produto final, como o leite e as carnes.
Assim indústrias, principalmente as alimentícias e farmacêuticas não poupam esforços e gastos, para a assegurar a minimização da contaminação biológica, tanto para os animais de criação quanto para os homens, eliminando insetos, moluscos, mas mais especificamente buscando minimizar a contaminação microbiológica.

Combate e Controle

  • Espículas
  • Espiral
  • Fio Tencionado
  • Telas Bloqueadoras
  • Gel Repelente

Barreiras físicas (Espículas) – Consiste na instalação de pontas flexíveis que impedem o pouso da ave devido a situação do material utilizado. Não provocando ferimento à ave.

Fio Tencionado  Espículas  Espiral

Passarinheiras – Consiste na instalação entre as telhas de dispositivos que impedem o acesso de pássaros e morcegos, sem inibir a ventilação.
Barreiras físicas (Espirais) – Consiste na instalação de espiral telescópica em aço inoxidável, eficaz ao encontro dos pombos em áreas de pouso, é instalada nos locais com uma variedade de fixadores. Apresenta uma barreira física a aves e pássaros que pousam representando uma plataforma instável de permanência. Não provoca nenhum ferimento à ave. Usos: Beirais, parapeitos, muros, grades e pontos retos e/ou curvos de curta e longa distância.

Barreiras físicas Fios Tencionados  empregados em calhas de prédios

Barreiras físicas (Fios Tencionados) – A fixação dos fios se dá nas extremidades por uma base. Estes acessórios podem ser empregados em calhas de prédios, parapeitos, beirais e quaisquer outras superfícies a critério da situação encontrada. Dificulta o pouso das aves. Não provoca nenhum ferimento à ave. Instalação com medidas incorretas e forma errada não dará resultado, a atuação de um profissional nesta instalação é necessária e importantíssima.

Telas bloqueadorasConsistem na vedação de vãos de acessosaídas de tubulações de serviço

Telas bloqueadoras – Consistem na vedação de vãos de acesso em forros de telhado, desvãos, saídas de tubulações de serviço e outros espaços. Os aparelhos de ar condicionado podem ser recobertos com redes de poliuretano em sua parte externa, para evitar a nidificação de pombos nos vãos. Estas redes são praticamente invisíveis, podendo ser utilizadas em janelas de prédios históricos, para prevenir a entrada de pombos. As telas de arame galvanizado de ¾ de polegada têm maior resistência e vida útil do que as telas de plástico, sendo de custo mais elevado.

Gel repelenteConsiste no emprego de substâncias atóxicasforma de gel

Gel repelente – Consiste no emprego de substâncias atóxicas, sem adição de praguicidas ou repelentes químicos, que têm a função de inibir o pouso dos pombos, por causar repelência por irritação de contato.Estas substâncias são em forma de gel, podendo funcionar por períodos determinados pelas características do ambiente. O gel repelente é bastante indicado para parapeitos, vãos de acesso, locais de pouso em fachadas de prédios, grades de aparelho de ar condicionado, estruturas arquitetônicas de alto relevo de prédios de construção antiga e outros.

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